O caminhoneiro acusado de bater na traseira de uma moto e arrastá-la por 32 quilômetros na BR-101 em Penha, no Litoral Norte catarinense, em março de 2021, foi condenado a 14 anos de prisão na noite de quinta-feira (10). No dia do crime, a passageira do veículo, Sandra Aparecida Pereira, de 47 anos, morreu. Já o condutor do veículo atingido, Anderson Antônio Pereira, de 49 anos, marido de Sandra, ficou ferido.
A condenação ocorreu após a sessão de júri popular em Itajaí, na mesma região onde o caso ocorreu. Foram cerca de 10 horas de julgamento, segundo o Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC). A decisão é passível de recurso e o processo tramita em sigilo.
O g1 SC não conseguiu contato com a defesa do caminhoneiro até a última desta notícia.
Segundo o TJSC, o Conselho de Sentença reconheceu o homicídio doloso da passageira da motocicleta, e a tentativa de homicídio qualificada contra o motociclista, além de deixar de prestar imediato socorro à vítima e conduzir veículo automotor com capacidade psicomotora alterada.
Atropelamento
O crime ocorreu em 6 de março do ano passado. Segundo a denúncia do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), o homem conduzia o caminhão com a capacidade psicomotora alterada em razão da influência de substâncias psicoativas. Segundo o processo, ele teria consumido substâncias ilícitas.
Após provocar a colisão e ver a caroneira voar sobre seu caminhão, sendo jogada no asfalto, o motorista teria continuado o trajeto, arrastando por mais de 20 quilômetros pela rodovia o veículo das vítimas, que ficou preso na carroceria frontal do caminhão.
De acordo com o MPSC, vários condutores viram a cena, buzinaram e gritaram para que o caminhoneiro parasse, o que não ocorreu. O motociclista, então, escalou o capô do caminhão e se pendurou no retrovisor da porta onde estava o motorista, implorando pela própria vida.
Fonte(s): G1 Santa Catarina