O conselho da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) aprovou nesta quinta-feira (2) o adiamento em 60 dias da liberação da faixa de 3,5 GHz do 5G nas capitais estaduais. A frequência é considerada a "puro sangue", oferecendo as maiores velocidades de conexão.
O prazo para a ativação dessa faixa era 30 de junho. As operadoras, por sua vez, deveriam cumprir as primeiras obrigações até 31 de julho — entre elas, a ativação de antenas na proporção de 1 para cada 100 mil habitantes nas 26 capitais e no Distrito Federal.
Com o prazo adicional, essas datas passam a ser 29 de agosto e 29 de setembro deste ano, podendo ser antecipadas conforme avaliação da Entidade Administradora da Faixa (EAF).
A motivação para o atraso foi a impossibilidade de entrega de equipamentos pela indústria. Segundo a EAF, o lockdown na China, a escassez de semicondutores e os gargalos nas cadeias de comércio afetaram a implementação do projeto.
A China é o principal fornecedor de equipamentos para a rede 5G e a Huawei, seu maior fabricante. Ela mantém contratos com as maiores operadoras no Brasil para fornecimento de insumos. Hoje, a faixa entre 3.300 MHz e 3.700 MHz passa por uma limpeza para evitar interferências com sinais de TV aberta.
O grupo que acompanha a implantação do novo serviço encaminhou o pedido de adiamento ao conselho diretor da Anatel em maio. A possibilidade já estava prevista no edital do leilão, realizado em 2021.
Fonte(s): NSC