O cenário que antes se restringia ao atendimento neonatal e pediátrico agora se espalha para toda a rede de UTI em Santa Catarina. Com 96,32% de ocupação dos espaços de terapia intensiva, o Estado se aproxima de um novo colapso dos leitos para atendimentos de casos graves. No começo de 2021, o sistema de saúde catarinense colapsou e gerou uma fila que ultrapassou a marca de 400 pessoas à espera de uma vaga.
Segundo os dados da secretaria de Estado de Saúde (SES) atualizados nesta quarta-feira (25), há 1086 leitos disponíveis em Santa Catarina. Destes, 1046 estão ocupados, o que deixa 40 livres. Ao total de internados, 46 são pacientes com Covid-19. A região da Foz do Rio Itajaí-Açu, onde ficam Itajaí e Balneário Camboriú, está com 100% de lotação.
Nas demais regiões a situação é bem semelhante. Todas elas estão com ocupação acima de 93,29%, que é o caso do Sul do Estado. O Grande Oeste tem apenas um leito disponível, o que também indica superlotação já que a tendência é de que o único espaço seja flutuante.
Ações do Estado
A coluna procurou o secretário de Estado da Saúde, Aldo Baptista Neto. Segundo ele, o motivo da alta ocupação está relacionado "a todo tipo de doença respiratória do período mais frio". A situação se agrava, de acordo com Baptista Neto, por conta da epidemia de dengue no Estado e da presença constantes da Covid.
Para enfrentar o atual cenário, foram traçadas três estratégias: 1. Manutenção e incremento da campanha de vacinação; 2. Apoio aos municípios para ampliação dos serviços da atenção básica em saúde; 3. Tratativas junto aos hospitais próprios e hospitais parceiros para ampliação de leitos clínicos e intermediários de UTI.
De acordo com o secretário, as estratégias feitas de forma conjunta são feitas para enfrentar o quadro de momento e se preparar para os próximos dois meses. Veja aqui a situação de cada região de SC em relação à ocupação de leitos.
Fonte(s): NSC