Com pressão maior nos custos de transportes e alimentos, a inflação de abril, calculada pela Universidade do Estado de Santa Catarina e Centro de Ciências da Administração e Socioeconômicas (Udesc Esag), teve alta de 0,97%. Em apenas quatro meses, de janeiro a abril, o índice já subiu 3,92% e, em 12 meses, acumulou alta de 11,71%.
O leite longa vida, em função da polêmica alta do ICMS e de custos de produção, subiu 14,74% em abril. Outros aumentos de alimentos que se destacaram no mesmo mês foram os da batata inglesa (33,61%) e morango 26,13%.
Em abril, o grupo de transportes teve o maior aumento, 2,82%. Na sequência, veio o grupo de alimentos e bebidas com reajuste de 1,63%, educação variou 0,98%, o grupo de saúde e cuidados pessoais teve alta de 0,80%, artigos de residência subiram 0,68%, despesas pessoais ficaram 0,76% mais caras e vestuário subiu 0,20%. A única queda foi registrada no grupo habitação, de -1,91%. Os serviços de comunicação tiveram preços estáveis.
Mais uma vez um dos vilões da inflação de SC, os transportes subiram porque os combustíveis tiveram alta de 5,10%, transporte público 2,36% e veiculo próprio 1,28%. As passagens aéreas, que integram o transporte público, tiveram alta de 8,12%.
De acordo com o coordenador do índice, Hercílio Fernandes, a variação só não foi maior porque a energia teve redução de -10,53% em função do fim da bandeira tarifária mais elevada. Sem essa mudança, a inflação teria aumentado 1,32% na média ponderada de variações de preços de 297 itens, apurados pela Udesc Esag para compor Índice de Custo de Vida (ICV). Para se ter ideia de como a inflação segue disseminada, 131 itens tiveram aumento, 110 ficaram estáveis e 56 registraram queda.
Hercílio Fernandes explica que, apesar de a pesquisa ser em Florianópolis, esse índice pode ser considerado como inflação de Santa Catarina porque preços de infraestrutura são iguais e o comércio está mais estadualizado. Algumas grandes redes de supermercados estão nas principais cidades catarinenses.
Fonte(s): NSC