no Oeste catarinense, decretou situação de emergência por causa da dengue no início da noite desta quarta-feira (23). O município tem 511 casos confirmados da doença e quase 1 mil pessoas aguardam resultados de exames.
Com o decreto, fica autorizada a contratação de profissionais para atuar no combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença. O documento também libera outras medidas, como a entrada forçada de agentes em imóveis públicos ou particulares quando for necessário para a contenção da doença.
Além disso, Chapecó anunciou outras ações emergenciais. Os ambulatórios do Centro e do Verdão passaram a atender casos de dengue, além dos da Covid.
Situação da dengue em SC
A Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive/SC) prevê que, nas próximas cinco semanas, deve haver uma explosão de novos casos de dengue e o sistema de saúde vai sentir esse aumento na procura por atendimento.
O número de municípios catarinenses em situação de epidemia por causa da doença aumentou, de cinco para 14. São eles, todos na região Oeste: Belmonte, Seara, Iporã do Oeste, Itá, Romelândia, Chapecó, Maravilha, Guaraciaba, São José do Cedro, Abelardo Luz, Palmitos, Mondaí, Tunápolis e Xanxerê.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera epidemia quando há mais de 300 casos por 100 mil habitantes.
Para debater a situação, a Dive tem se reunido com municípios da região. Nesta quarta, o encontro foi em Chapecó. A partir da semana que vem, um centro regional de operações de emergência em saúde para a dengue deve começar a funcionar e a promessa é articular ações de combate ao mosquito nas cidades do Oeste.
De acordo com o boletim mais recente da Dive, divulgado em 12 de março, o estado registrou 1.295 casos da doença (veja gráfico abaixo) em 2022. Houve também uma morte, de um morador de 40 anos de Criciúma, no Sul do estado. Ele contraiu a doença em uma viagem para São Paulo e começou a ter os sintomas em dezembro. O homem morreu em janeiro.
Em relação às outras doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, a febre de chikungunya e o vírus da zika, não há casos em Santa Catarina em 2022.
Dos 295 municípios, 119 estão infestados com o mosquito.
Mapa de SC com municípios infestados pelo mosquito Aedes aegypti — Foto: Dive/Divulgação
Confira abaixo a lista dos municípios considerados infestados pelo mosquito. O número é 10,2% maior do que durante o mesmo período no ano passado, quando havia 108 cidades infestadas, conforme a Dive.
Lista de municípios de SC considerados infestados pelo mosquito Aedes aegypti — Foto: Reprodução/Dive
Sintomas
Normalmente, a primeira manifestação da dengue é a febre alta (39° a 40°C) de início abrupto, que tem duração de dois a sete dias, associada à dor de cabeça, fraqueza, dores no corpo, nas articulações e no fundo dos olhos, informou a Dive. Manchas pelo corpo estão presentes em 50% dos casos, podendo atingir face, tronco, braços e pernas. Perda de apetite, náuseas e vômitos também podem estar presentes.
A recomendação da Dive é que quem apresentar os sintomas deve procurar um serviço de saúde.
Prevenção
A Diretoria de Vigilância Epidemiológica divulgou orientações para evitar a proliferação do mosquito:
evite usar pratos nos vasos de plantas - se usá-los, coloque areia até a borda;
guarde garrafas com o gargalo virado para baixo;
mantenha lixeiras tampadas;
deixe os depósitos d’água sempre vedados, sem qualquer abertura, principalmente as caixas d’água;
plantas como bromélias devem ser evitadas, pois acumulam água;
trate a água da piscina com cloro e limpe-a uma vez por semana;
mantenha ralos fechados e desentupidos;
lave com escova os potes de comida e de água dos animais no mínimo uma vez por semana;
retire a água acumulada em lajes;
dê descarga no mínimo uma vez por semana em banheiros pouco usados;
mantenha fechada a tampa do vaso sanitário;
evite acumular entulho, pois ele pode se tornar local de foco do mosquito da dengue;
denuncie a existência de possíveis focos de Aedes aegypti para a Secretaria Municipal de Saúde;
caso apresente sintomas de dengue, febre de chikungunya ou vírus da zika, procure uma unidade de saúde para o atendimento
Fonte(s): G1 - Santa Catarina