Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), o modo de produção de energia em Santa Catarina vem sofrendo mudanças com a falta de chuvas no país. O órgão apontou que, entre o mês de julho e agosto deste ano, para dar conta da demanda, a produção de energia nas hidrelétricas caiu 32% e a das termoelétricas aumentou 62% no estado.
As usinas termoelétricas são a segunda maior produtora de energia em Santa Catarina. Esse tipo de geração de energia está sendo utilizado de forma emergencial. Contudo, segundo especialistas, esse modo de produção custa mais caro e gera mais impactos ambientais.
A usina termelétrica Jorge Lacerda, em Capivari de Baixo, no Sul catarinense, produziu de janeiro a agosto de 2021 cerca de 10% a mais de energia do que no mesmo período do ano passado. Esse é o maior complexo termelétrico a carvão da América Latina.
As usinas como esta geram energia a partir do calor produzido pela queima de combustíveis ou de outras fontes, como madeira.
Hidrelétricas
Esse tipo de produção gera 70% de toda energia utilizada no país. Contudo, com os reservatórios baixos, a capacidade diminuiu. Neste ano, as hidrelétricas diminuíram sua participação na produção de energia brasileira em cerca de 20%.
Desde outubro de 2020, o Brasil importa energia e utiliza meios mais caros para poupar os reservatórios. A possibilidade de racionamento não é descartada pelos especialistas.
Pior seca dos últimos 91 anos
De acordo com os especialistas, a estiagem histórica, considerada uma das piores dos últimos 91 anos, provoca efeito imediato quando as hidrelétricas são a principal fonte energética.
A seca atinge com maior intensidade o Sudeste e o Centro-Oeste do Brasil. É nestes lugares onde há os maiores reservatórios que produzem energia para praticamente todo o país.
Contudo, esse problema não fica limitado a essas regiões, uma vez que a geração e transmissão de energia funcionam dentro do chamado do Sistema Integrado Nacional (SIN).
Fonte: G1/SC