Ministério Público de SC recebe inquérito que indicia vice-governador de MT por agredir mulher
Órgão catarinense tem 15 dias para se manifestar. Otaviano Pivetta foi indiciado por lesão corporal ocorrida em apartamento de veraneio em Itapema.
O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) informou nesta quarta-feira (4) que recebeu o inquérito da Polícia Civil que indiciou o vice-governador de Mato Grosso, Otaviano Pivetta, por lesão corporal contra sua mulher, a advogada Viviane Kawamoto Pivetta, em Itapema, no Litoral Norte catarinense.
O documento foi remetido pelo sistema eletrônico na sexta-feira (30) para a 3ª Promotoria de Justiça. O órgão tem até 15 dias para se manifestar sobre o caso e não deu detalhes sobre o recebimento do documento policial.
Pivetta foi indiciado por lesão corporal leve. Segundo o delegado Rafael Chiara, responsável pelo caso, o político teria agredido a mulher em um apartamento na cidade catarinense na noite de 7 de julho.
O laudo de corpo de delito comprovou a agressão sofrida pela advogada no apartamento de veraneio da família. O exame foi feito pelo Corpo de Bombeiros e apontou escoriações e hematomas na cabeça, nos braços e dedos, nos lábios e nas coxas de Viviane. O laudo também mostra que Pivetta apresentava escoriações no pescoço, tórax, mão esquerda e na genitália.
A assessoria do vice-governador informou que, abalada, a família acompanha o caso, "atualmente sob fiscalização do Poder Judiciário catarinense, sob a tarja do segredo de justiça", alega inexistência de agressão e que a defesa do vice-governador acredita no arquivamento do caso.
"O processo foi encaminhado para apreciação da manifestação que ambas as partes envolvidas fizeram no processo. Aguardamos o retorno dos autos com parecer do MPSC", informou
Defensores públicos do Grupo de Atuação Estratégica em Defesa dos Direitos da Mulher (Gaedic) de Mato Grosso enviaram uma carta ao governador de Santa Catarina, Carlos Moisés, e ao secretário de Segurança do estado, Charles Alexandre Vieira, pedindo apuração. Até a noite desta quarta, o governo não confirmou se recebeu o pedido.
Fonte: G1 Santa Catarina