De acordo com o presidente da Associação Catarinense dos Criados de Suínos, Losivanio de Lorenzi, apesar da pandemia, a suinocultura tem muito a comemorar neste ano no que se refere a rendimentos financeiros da atividade.
Ele afirma que Santa Catarina bateu recordes de exportação, com mais de 479 mil toneladas vendidas de janeiro a novembro, o que representa mais de R$ 1 bilhão de dólares em recursos para o estado.
Losivanio afirma que isso contribuiu para movimentar a economia, gerar renda e empregos e melhorar a remuneração dos produtores. Ele lembra que no início da pandemia em março, o preço pago pelo quilo da carne suína caiu muito, chegando a custar R$ 3,00 o quilo enquanto o custo de produção estava em R$ 4,50. A partir disso o setor se recuperou com a retomada do consumo no mercado interno.
Os três estados do Sul representam 92% do total da exportação de carne suína brasileira. O problema, segundo o presidente da ACCS, é que dos 479 mil quilos exportados somente por Santa Catarina, 275 mil foram para a China.
Losivanio de Lorenzi considera que é uma quantia muito grande exportada para somente um país, considerando que no caso de cancelamento das vendas o prejuízo é muito grande, o que já aconteceu anteriormente com a Rússia, que comprava 40% da carne suína. Isso porque a China está recuperando rápido a sua produção, e podem ocorrer cortes nas compras de outros países.
Losivanio cita que outros mercados promissores para 2021 são Canadá e Europa, além da Índia que já abriu as compras. Ele ressalta que os produtores são orientados a melhorar a produtividade por meio da alimentação e tecnologias, antes de investirem em novas matrizes.
Fonte: Rede Peperi.