O setor de protocolos da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) ficou movimentado nesta terça-feira (12). O motivo foi a "corrida" dos processos de impeachment contra o governador Carlos Moisés (PSL). O deputado Maurício Eskudlark (PL) anunciou que faria o seu durante a tarde, com base nas suspeitas de corrupção que envolvem as compras durante a pandemia do novo coronavírus. Mas o deputado Ivan Naatz (PL) se adiantou e protocolou primeiro, por motivos diferentes.
Naatz pede o impedimento de Moisés e da vice-governadora, Daniela Reinerh, com base na equiparação salarial dos procuradores do Estado com os da Alesc, feita em 2019. A mesma situação já embasou um pedido de impeachment no início do ano, apresentado pelo ex-defensor público-geral do Estado, Ralf Guimarães Zimmer Júnior. O processo acabou arquivado pelo presidente do Legislativo, deputado Júlio Garcia (PSD).
Impeachment na pandemia
Desde o início da pandemia, quatro petições de impedimento já foram apresentadas à Alesc – as duas primeiras levam a assinatura de advogados ligados ao movimento Vem Pra Direita Floripa, e questionam a legalidade das medidas de quarentena, que foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (STF).