Em entrevista ao G1, o conselheiro tutelar Vanderval Moreira disse que “Ela [menina] conta que a mãe teve outro relacionamento sem o padrasto saber”. Quando ela pediu pra voltar, ele perguntou o que "ganharia com isso", ela disse que "qualquer coisa". Então, ele pediu a criança. Na época, ela tinha oito anos. Na primeira vez que ele foi cometer o abuso, a mãe a segurou pelos braços e ajudou a tampar a boca dela, segundo o conselheiro.

Conforme informações do comandante da Polícia Militar que atua na cidade, capitão Orlando Santos, a mãe, segundo investigações, e com base no depoimento da menina, estava presente em todas as vezes que o padrasto cometia os estupros.

"Ela tem a tatuagem com o nome do padrasto escrito no braço. Obrigada pela mãe. E todas as vezes que ele ia estuprar ela, a mãe estava lá. Segurava ela", disse o capitão ao comentar o caso.

Dois outros filhos da mulher, de um e quatro anos de idade, foram acompanhados pelo Conselho Tutelar e por profissionais do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas). Eles passarão por exames.

Outra filha, de 11 anos, mora em Manaus e pode ser submetida, também, a exames caso a família queira, afirmou o conselheiro. Ela estaria "na mira" do casal, de acordo com a PM.

A mulher foi indiciada por estupro de vulnerável por não ter acionado a polícia, ao tomar conhecimento dos abusos. Um Inquérito Policial foi instaurado para apurar se os outros dois filhos do casal também eram vítimas de abusos sexuais. De acordo com a Polícia Civil, as diligências irão continuar com a intenção de localizar o padrasto da garota.