Com 61 anos, a técnica em enfermagem Ana Maria Pontelo Moreira engravidou e deu à luz um menino em Londrina, no norte do Paraná, na quarta-feira (30). Depois de cinco anos de tratamento, ela não desistiu do sonho de ser mãe.
“É um sonho realizado. O tratamento não foi fácil porque tem que tomar hormônios, gasta bastante e também tem muita gente que não acredita. Estou muito feliz”, conta emocionada Ana Maria.
Ana Maria diz que antes de decidir pela fertilização in vitro ficou na fila para adotar uma criança. Depois de se separar do marido, ela decidiu engravidar.
“Como fazia muitos cursos, faculdade e trabalhava o sonho foi adiado. Mas, em 2014 comecei o tratamento de fertilização porque não tenho parceiro. A gestação foi tranquila, só tive um problema na coluna, mas fiz tratamento com ortopedista, pilates e fisioterapia. Tirando isso, foi tudo tranquilo”, diz Ana Maria.
O bebê, chamado de Ian, nasceu com 47,5 centímetros e 3,4 quilos. O médico obstetra que acompanhou Ana Maria durante as 39 semanas de gestação explica que pela idade da técnica em enfermagem a gravidez poderia ser de risco.
“Atualmente, a medicina dá essa opção. Antigamente, aos 40 ou 43 anos a vida obstétrica da paciente estava encerrada. Mas, agora as mulheres querem trabalhar mais, estudar mais, às vezes tem o segundo casamento. A medicina oferece a opção de fertilidade, está mais acessível e há faculdades que oferecem isso gratuitamente. Além disso, o pré-natal também evoluiu”, diz o médico João Cafaro Goes Filho.
Fertilização
Para realizar o sonho de ser mãe, Ana Maria recorreu aos bancos de óvulos e de sêmen. Ela escolheu materiais genéticos compatíveis com as próprias características para a fertilização in vitro.
"A partir dos 40 anos não é possível mais usar os óvulos, então apelei para uma pessoa mais jovem, compatível com o meu tipo sanguíneo. Para a fertilização dar certo, vários exames foram realizados", explicou.
Por G1