O setor de rastreamento da Nasa, a agência espacial americana, informou que um asteroide de 340m de diâmetro e 55 milhões de toneladas está a caminho da Terra, com chegada prevista para 3 de outubro. O risco de cataclismo é baixo, mas caso o asteroide saia de sua rota e entre no planeta, sua força destrutiva será igual a 2.700 megaton – para se ter ideia, a bomba de Hiroshima tinha entre 13 e 18 quiloton.
Chamado de FT3, o asteroide será o primeiro de 165 aproximações esperadas pela Nasa entre 2019 e 2116. Com o tempo será possível determinar se as possibilidades de colisão irão aumentar ou diminuir. Caso entrasse na atmosfera terrestre, o FT3 ganharia uma velocidade de 45.500 km/h.
O asteroide é uma rocha espacial que circunda o Sol dentro do cinturão entre Marte e Júpiter. A Nasa vem monitorando sua rota desde 2007 e diz que há 99.9999908% de chances dele não acertar à Terra. Potencialmente, no caso da mudança de rota dias antes de uma suposta colisão, pouco poderia ser feito. “Um asteroide em uma trajetória de impacto na Terra não poderia ser abatido nos últimos minutos ou mesmo horas antes do impacto”, afirmou a agência. Basta esperar e torcer para que o FT3 siga seu curso normal.
Pentágono
A DIU (Unidade de Inovação em Defesa) do Pentágono emitiu uma solicitação para um minúsculo posto aéreo orbital “autônomo e livre” que possa hospedar experimentos e equipamentos em órbita e poderia eventualmente ser ampliado para habitação humana.
O posto seria pequeno, precisando ter pelo menos um metro cúbico de espaço interno, ser capaz de carregar 80 quilos e ter energia contínua. Ainda é preciso que ela seja capaz de se mover em órbita sozinho e possa ser construído rapidamente. O desejo dos militares é que ele esteja pronto dentro de dois anos após a assinatura de um contrato.
Os militares também dizem que eventualmente querem que a estação seja modular, ou seja, capaz de conectar outros componentes ou outros postos avançados. Ter um braço robótico, ser capaz de transportar pessoas e ser protegido contra radiação para aplicações “além da órbita baixa da Terra” também são características que entram no pacote.
Apesar de não estar claro qual seria a finalidade da estação, ela parece ser uma plataforma que os militares poderiam usar para uma variedade de propósitos, como observação, experimentos ou exploração.
Uma solicitação é apenas uma proposta para os empreendedores apresentarem idéias para solução de problemas ou necessidades dos militares pensem que possam precisar, como uma aeronave autônoma para pastorear as pessoas dentro e fora de um campo de batalha.
Não é uma indicação de que o Departamento de Defesa está em breve pronto para estabelecer sua própria frota de estações espaciais em órbita. O coronel Steve Butow, diretor do Portfólio Espacial da DIU, disse à Breaking Defense em um e-mail que sua equipe está “lançando uma ampla rede em busca de soluções comerciais que possam atender às necessidades básicas descritas na primeira parte da solicitação”.