Dois homens foram condenados a prisão em júri popular em Abelardo Luz, no Oeste catarinense, pelo assassinato de Aline Corrêa, de 25 anos, em abril de 2018. Vanderlei Machado Menegais, de 40 anos, e Valdecir Pinheiro de Souza, de 26, receberam as penas em julgamento na sexta-feira (17). A vítima foi torturada e, depois de morta, jogada em um rio na cidade.
O advogado de Vanderlei Menegais, Arley Lubi, afirmou que aguarda posição da família do réu para saber se vai recorrer da decisão. O G1 não conseguiu contato com a defesa de Valdecir de Souza. Ambos os réus estavam presos preventivamente desde maio de 2018. Foi negado a eles o direito de recorrer em liberdade.
O corpo da vítima foi encontrado em 29 de abril de 2018 em Abelardo Luz boiando nas águas do Rio Chapecó e com os seios e as mãos amputados. Ela foi morta três dias antes, conforme o Poder Judiciário. Ela tinha dois filhos, atualmente com 4 e 7 anos.
Vanderlei Menegais recebeu pena de 15 anos, seis meses e 24 dias de prisão e precisa pagar multa de R$ 349,80. Ele foi condenado por homicídio qualificado por meio cruel e por dificultar a defesa da vítima, além de ocultação de cadáver.
Valdecir de Souza recebeu pena de 15 anos de prisão e precisa pagar multa de R$ 318 pelos mesmos crimes. A condenação de Vanderlei foi maior por ele ser réu reincidente.
Denúncia
Segundo a denúncia do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), entre a madrugada e o início da manhã de 26 de abril de 2018, os dois réus golpearam a vítima com faca, canivete, facão e foice. A mulher estava sozinha e desarmada.
O promotor de justiça responsável pela denúncia, Chrystopher Augusto Danielski, afirmou que os dois réus são suspeitos de tráfico de drogas e que a vítima foi morta porque Vanderlei a culpava por uma condenação.
G1 SC