O delegado Ícaro Freitas, responsável pelas investigações do assassinato da advogada Lucimara Stasiak, de 30 anos, disse que o também advogado Paulo de Carvalho Souza, de 42, que afirmou ter cometido o crime, deve responder por feminicídio e ocultação de cadáver.
Souza se entregou à polícia por volta das 18h30 desta quarta-feira, dia 3, em Balneário Camboriú. Ele aparentava ter surto psicótico e se trancou na sacada do apartamento. A negociação durou mais de 24 horas. O homem disse à polícia ter matado a namorada, mas se recusava a se entregar.
Como a morte de Luciamara teria ocorrido na última quinta-feira, dia 28, já não há flagrante pelo homicídio. Mas a polícia pediu a prisão preventiva, já deferida pela Justiça, fazendo com que o homem permaneça preso.
Fiança de R$ 50 mil
O delegado chegou a arbitrar uma fiança de R$ 50 mil. Ícaro explicou que a fiança foi porque, segundo ele, não houve prisão em flagrante pelo homicídio, que ocorreu na quinta-feira, dia 28, mas houve flagrante por ocultação de cadáver. “A pena máxima por ocultação de cadáver é três anos. [Para crimes] até quatro anos tenho que arbitrar fiança, de acordo com o código de processo penal”, justificou ao site NSC Total. O acusado não pagou e segue preso.
“Foi um crime muito cruel, mas não posso ser arbitrário, deixando de cumprir o que manda a lei”, disse ainda o delegado.
Um inquérito foi instaurado para a apuração do crime. Na madrugada desta quinta-feira, dia 4, foi emitida uma declaração de óbito, que permite ao Instituto Médico Legal (IML) liberar o corpo para a família. O laudo definitivo, com a causa da morte, deve sair nos próximos dias. O corpo tinha diversas marcas de facadas.
Lucimara será cremada em Balneário Camboriú. Depois, as cinzas seguirão para o crematório de Blumenau, onde terá uma homenagem organizada pela OAB, a partir das 15 horas.
Fonte: Oeste Mais