Na tarde desta terça-feira (12), teve continuidade o julgamento de Bernardo Boldrini, morto em abril de 2014. Depois do primeiro depoimento prestado hoje, pela vizinha Juçara Petry, foi a vez da psicóloga de Bernardo, Ariane Schmitt. A profissional não aceitou a presença dos réus na sala do júri, assim como a testemunha anterior.
As primeiras perguntas direcionadas à psicóloga foram feitas pelos advogados de acusação. Ariane iniciou sua fala discorrendo a respeito dos comportamentos do menino e dos comentários que Bernardo fazia durante os encontros que tinham. Segundo ela, o menino era, para todos, dócil, sensível, inteligente – e sempre procurava não desagradar as pessoas que tinha afeição. Além disso, pontuou um fato curioso: Bernardo arrancava os pelos que cresciam no corpo dele para não aparentar crescimento, pois queria se manter criança.
A testemunha destacou também a dúvida quanto à morte do garoto devido ao uso do medicamento: “Midazolan não mata. Quem me garante que esse menino estava morto quando foi enterrado?”, questionou. Ela ainda observou que, em muitas ocasiões, o menino chegava praticamente dopado no consultório, sem condições de higiene e fala. Devido ao estranhamento, questinou o pai, Leandro Boldrini, sobre o uso de rémedios tarja preta e o aconselhou a buscar o auxílio médico de outro profissional, o que não foi feito. Quanto ao vídeo em que Leandro grava Bernardo pedindo socorro, aos gritos, dentro de um armário, Ariane estranha: “que pai gravaria um filho numa situação de extrema de irritabilidade?”.
Posteriormente, Ariane respondeu aos questionamentos do advogado de Graciele, Vanderlei Pompeo de Mattos. Quando indagada se Bernardo já tinha dito algo sobre odiar alguém, a psicóloga afirmou que sim, o menino sentia ‘animosidade’ por Graciele. Às 14h30min, o depoimento de Ariane foi encerrado.
Fonte: O Sul