Após quase quatro horas reunido com técnicos e diretores da ANA (Agência Nacional de Águas), o ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, disse neste domingo (27) que já está controlado o nível da barragem 6 que levou autoridades a evacuarem localidades próximas depois do rompimento da barragem 1 em Brumadinho (MG). Segundo Canuto, foi instalada uma segunda bomba que reforçou o escoamento da água. “Não houve risco de rompimento, mas o aumento de nível da barragem. A situação já está controlada”, garantiu.
Segundo ele, a situação era prevista, mas ocorreu em velocidade maior do esperado depois do comprometimento do dreno da barragem 6. “Como foi comprometido e choveu houve aumento do nível de água. Vamos recuperar o dreno para barragem 6 volte a trabalhar como esperado para que uma chuva e aumento do volume”, disse.
Canuto afirmou que a situação de forma geral está sendo monitorada e afirmou que o alerta não teve relação com alguma evidência de rompimento. “A sirene foi acionada como preocupação”, afirmou.
A reunião – marcada para discutir tanto qualidade da água do Rio Paraopeba quanto previsões para o avanço dos rejeitos, estabilidade da Barragem VI e relatório de Segurança de Barragens 2017 – ainda seguiu. Não há previsão para um novo comunicado.
Mais cedo, o risco de novo rompimento na região levou a Defesa Civil a evacuar quatro localidades (Parque da Cachoeira, mais próxima à barragem B6; Pires; Centro de Brumadinho; Bairro Novo Progresso), com o deslocamento de 24 mil pessoas.
Retomada das buscas
O tenente-coronel Flávio Godinho, coordenador da Defesa Civil de Minas Gerais, informou na tarde de domingo que foram retomadas as buscas por sobreviventes do rompimento da barragem de rejeitos mineradora Vale. As buscas haviam sido suspensas por causa do risco de rompimento da barragem número 6, que é de água. Godinho afirmou ainda que não haverá mais retirada de moradores.
“Retomamos para o risco um [em uma escala de um a três de risco de rompimento]. A barragem não oferece risco para as pessoas que moram lá e nem para os bombeiros”, disse em entrevista a jornalistas em Brumadinho.
Godinho afirmou que os moradores, que tinham sido deslocados, podiam retornar às suas casas. “Podem retornar para suas casas”. Cerca de 30 minutos antes, o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais havia informado que o risco de rompimento da segunda barragem na Mina Córrego do Feijão, era no nível dois, em uma escala de um a três. Devido ao risco de rompimento, cerca de 3.000 pessoas seriam retiradas de casa
Segundo o Corpo de Bombeiros, a água da barragem está sendo bombeada para reduzir o risco. Durante a tarde de domingo, conforme o Corpo de Bombeiros, a barragem tinha um volume de água equivalente a 840 mil metros cúbicos. De acordo com Godinho, se houver mudança no nível, a população será avisada. As informações são do Jornal o Sul.