A mulher acusada de atear fogo na casa e no corpo do marido dopado por calmantes foi condenada à pena de oito anos de prisão em regime semiaberto. O crime ocorreu há seis anos e provocou a morte de Altair Carlos Dannebrock, em Ipira, no Oeste Catarinense. A condenação de Solange Stein Dannebrock foi dada na sexta-feira (9).
A sessão do júri teve a duração de três horas e foi tomada pelo juiz Daniel Radünz, titular da 2ª Vara da comarca de Capinzal. De acordo com o advogado Marco Alencar Júnior, a defesa não irá recorrer a decisão. "Ela já cumpriu três meses de prisão e agora irá cumprir a pena no Paraná, onde reside atualmente", disse.
Segundo denúncia do Ministério Público (MP), a agricultora cometeu o crime na noite de 29 de agosto, na localidade de Lambedor. Ela chegou a confessar o assassinato para a polícia no dia do incêndio e foi presa em flagrante. Na época, ela chegou a dizer ao delegado Edson Henn, que "estava cansada das ameaças e das agressões do marido e quando contou a história parecia aliviada".
Ainda de acordo com a defesa, ela chegou a ficar presa durante 90 dias e depois respondeu ao processo em liberdade.
Sobre o caso
Solange Stein Dannebrock colocou dois comprimidos de calmante no suco de Altair Carlos Dannebrock durante o jantar. Por volta das 21h30, a agricultora saiu da cama, buscou gasolina que era utilizada em uma motoserra e jogou na casa e nas pernas do marido e, em seguida, ateou fogo.
A vítima dormia, quando a mulher encharcou a cama com álcool. De acordo com a denúncia, quando ela se preparava para atirar um ramo de pinheiro aceso sobre o marido, acabou surpreendida com seu despertar. Mas, isso não a impediu de completar o plano e provocar o incêndio.
A vítima, mesmo em chamas, tentou fugir da casa, mas foi impedida pela mulher, que trancou a porta principal. O homem morreu queimado no interior da residência. O casal tem três filhos, mas nenhum deles estava na casa quando o crime aconteceu.
G1 SC