O número de mortes por gripe A em 2018 superou o de 2017 em Santa Catarina. A maioria das vítimas não se atentou para a necessidade da vacina. O vírus nunca para de circular, independentemente da época do ano.
Em todo o ano de 2017, 39 pessoas morreram com a doença. Em 2018, até esta segunda, foram 55. Um aumento de 41%.
"Avaliamos que seja a extensão do inverno. Nós tivemos um inverno mais rigoroso e que ainda persiste ao longo dos meses até o final do ano", afirmou a gerente de Imunização da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive-SC), Vanessa Vieira da Silva.
Doentes crônicos
Entre essas pessoas que morreram por conta da gripe, um aspecto chama a atenção: 80% delas tinham alguma doença crônica e, mesmo fazendo parte do chamado grupo de risco, não se vacinaram.
"Muitas vezes, o doente crônico não se identifica como crônico e como fator de risco. Algumas vezes, o paciente nem sabe que é doente crônico", afirmou a gerente de Imunização.
São doenças como diabetes, hipertensão e obesidade que podem elevar a gripe a um outro patamar, bem mais grave.
Vacina
O médico infectologista Antônio Miranda acha que as pessoas não levam a doença a sério.
"As pessoas, às vezes, subestimam um pouco a gripe porque na maioria dos casos é uma doença benigna. Mas a mortalidade é muito alta e vem crescendo a cada ano que passa. Exatamente ou porque as pessoas não se vacinam, aquelas pessoas que têm indicação de vacinar não tomam a vacina, ou porque quando contraem a gripe, não procuram os primeiros socorros precocemente. Em qualquer doença, o tratamento precoce é fundamental".
A vacina continua sendo a melhor proteção. Nessa época do ano, ela fica disponível na rede particular. Nos postos de saúde, só para grávidas.
"Quanto maior o número de pessoas vacinadas, menor a circulação do vírus, desses vírus que causam doenças graves. Menor a circulação, menos pessoas vão ser acometidas", disse o médico infectologista.
DO G1 SC