A Justiça determinou o afastamento do cargo do motorista que dirigia o ônibus escolar no qual a adolescente Samanta Cansi ficou presa pelo casaco e morreu após ser arrastada em Caibi, no Oeste. O pedido foi feito pela Polícia Civil após ouvir testemunhas que relataram que ele havia sido negligente em outras situações.
A decisão é de segunda-feira (1º). O advogado dele, Gustavo Walker, afirmou que ainda não teve acesso à íntegra da decisão. Quando isso ocorrer, vai analisar se entrará com recurso.
A morte ocorreu no fim da manhã de 17 de setembro, quando a adolescente, de 15 anos, voltava da escola para casa. O condutor, de 48 anos, foi preso em flagrante e indiciado por homicídio culposo no trânsito. Ele foi solto três dias depois.
Relatos
"Já havia ficado presa uma outra menina na porta pela mochila. Afirmaram que era frequente ele andar em alta velocidade e que já chegou a esquecer alguns alunos no transporte, sem deixá-los nas paradas. E que já havia deixado o ônibus parado em locais de rodovias perigosos para os alunos descerem", disse.
Após os relatos, a Polícia Civil pediu, em 27 de setembro, uma medida cautelar de afastamento do motorista do cargo.
Os laudos que faltam são da necropsia e do exame do local do acidente. Eles serão encaminhados ao poder judiciário para serem juntados ao auto de prisão em flagrante.
Licença-prêmio
Acidente
Os pais foram ao local, mas não a viram. Depois, eles e os avós encontraram o corpo da garota com múltiplas fraturas, a cerca de dois quilômetros do ponto de ônibus. O veículo envolvido no acidente pertence à Prefeitura de Caibi.
G1