O réu Genoir Dannenhauer foi condenado em júri popular nesta quinta-feira (27) a 78 anos, cinco meses e 10 dias de prisão em regime inicialmente fechado por matar Elizete Lohman, de 42 anos, e a filha Estefani, de 10, em Arabutã, Oeste de Santa Catarina, em março de 2016. Ele também recebeu pena por tentar assassinar o próprio pai no mesmo dia.
O júri ocorrer na cidade de Ipumirim, também no Oeste. O G1 não conseguiu contato com a defesa do réu.
Mãe e filha foram mortas em casa, na localidade de Lajeado Guaraipo, no interior de Arabutã, em 30 de março de 2016. Valdir Deannenhauer, de 60 anos, marido de Elizete, sobreviveu a dois tiros.
Genoir recebeu pena pelos dois homicídios, pela tentativa de homicídio do pai, por corrupção de um adolescente e porte ilegal de arma.
Denúncia
Segundo o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), que fez a denúncia, Genoir queria matar o pai para ficar com a herança dele. O réu julgava que Valdir estava gastando o patrimônio com a nova família.
Dessa forma, Genoir planejou o crime e se reuniu com Nécio Mauro Hoch e com um adolescente na mesma noite dos homicídios.
Em seguida, os três saíram de Seara, no Oeste, e foram para a localidade de Linha Guaraipo, onde morava a família. Eles passaram por estradas marginais com uma moto furtada, para evitar câmeras de segurança. Eles levavam o revólver usado no crime, balas, toucas balaclava e luvas.
Genoir encontrou os demais perto da casa. Ao entrarem na residência, eles renderam Valdir e a criança, que jogavam cartas enquanto Lisete cozinhava.
Durante a ação, o adolescente foi reconhecido por Lisete e os criminosos decidiram matar os três para que não houvesse testemunhas. Um deles atirou contra a cabeça da mãe e da filha e depois, duas vezes na cabeça de Valdir.
A criança morreu na hora. Lisete chegou a ser socorrida, mas morreu a caminho do hospital. Apenas Valdir sobreviveu.
Segundo o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), que fez a denúncia contra o réu, esses foram os primeiros homicídios registrados no jovem município.
Outra condenação
Em abril deste ano, Nécio Mauro Hoch, de 29 anos, o outro adulto que participou dos crimes, foi condenado a 26 anos de prisão também em júri popular em Ipumirim.
G1 SC