Com a queda do preço do leite para o consumidor de Santa Catarina, aumenta a dificuldade da agroindústria para cobrir os custos da produção. Para amenizar a situação, a Federação da Agricultura e Pecuária de Santa Catarina (Faesc) quer aumentar a exportação do produto.
De acordo com o Procon, em Joinville, o preço médio do leite longa-vida caiu de R$ 2,83 em julho para R$ 2,49 em agosto. Em Chapecó, segundo o Sindicato do Comércio, a unidade chegou a R$ 4,03 em julho, mas em agosto, era vendida por R$3,91.
Custos
Se o preço é baixo para o consumidor, os supermercados exigem preços proporcionais do produtor. Enquanto isso, o saco de milho para alimentar as vacas que custava R$ 25 no início do ano, agora custa R$ 40.
“Tivemos aumento de energia elétrica, no óleo diesel, mais R$0,13 ou R$ 0,14 por litro e a soja subiu também, porque o dólar subiu. Nós não temos onde nos agarrar mais para tirar os custos”, disse o produtor de leite Eron Baldissera.
Aposta
A Faesc acredita que o leite vai ficar cada vez mais barato até o final do ano porque está com pouca saída e aposta na exportação para amenizar o problema.
“Nós chegamos ao status de exportador de leite, ao menos o leite aqui do Sul do país, unindo com o Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul para que tenhamos uma maior tranquilidade no nosso setor produtivo, no mercado japonês, mercado da China, da Coreia do Sul, no Africano”, afirmou o presidente da Faesc, José Zeferino Pedrozo.
Este mercado é também comprador da carne produzida no Brasil. “A nossa intenção é começar exportando 10% ou 15% da nossa produção, que é o que ocorre com as outras categorias que exportam porque essa porcentagem normalize o mercado numa época de maior dificuldade interna”, declarou Pedrozo.
G1 SC