Em Santa Catarina, as granjas de suínos e aves continuam recebendo uma ração mínima e o Estado não tem registro de morte de animais por inanição. Maior produtor nacional de suínos e segundo maior produtor de aves do Brasil, o estado possui mais de 210 milhões de animais alojados em granjas.
Desde o início da paralisação dos caminhoneiros, o Governo do Estado solicita o apoio dos grevistas na liberação das cargas de ração para alimentação animal e de cargas vivas. Há inclusive um adesivo da Defesa Civil identificando os caminhões que levam ração e, para garantir que essas cargas cheguem ao destino.
"A estratégia do Comitê Integrado de Crise, com a compreensão dos grevistas, tem se mostrado muito eficiente. Tanto que, até o momento, não temos registro oficial de morte de animais causada por falta de comida", ressalta o secretário da Agricultura e da Pesca, Airton Spies.Com os estoques de ração acabando, a partir de hoje, a demanda do setor do agronegócio é por milho e farelo de soja. O secretário Spies explica que esta será uma nova fase de trabalho, focada em levar insumos para que as fábricas possam produzir ração.
Consumo de ração
Em Santa Catarina, as agroindústrias consomem em média de 22,5 mil toneladas de ração por dia e, para que o alimento chegue até as granjas, são necessários dois mil caminhões circulando pelo estado diariamente.
Durante a paralisação dos caminhoneiros, as agroindústrias e produtores rurais trabalham com uma ração mínima para alimentar um rebanho de sete milhões de suínos e de 206 milhões de aves alojados em granjas.