O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, anunciou, nesta
quinta-feira (17/5) a abertura da Coreia do Sul para a carne suína do Brasil.
Em sua página no Twitter, ele destacou que é um mercado de US$ 1,5 bilhão por
ano.
"Inicialmente, as exportação sairão de Santa Catarina. Já temos quatro
estabelecimentos credenciados", informou o ministro. Santa Catarina é o único
estado brasileiro considerado livre de febre aftosa sem a necessidade de
vacinação.
Blairo Maggi está em viagem pela Ásia. Em reunião com autoridades da China. Na
quarta-feira (16/5), o ministro se disse "animado" com os resultados do
encontro e afirmou que novos produtores devem entrar na pauta do comércio com o
principal parceiro do Brasil.
Segundo o Ministério da Agricultura, na reunião, o governo chinês se
comprometeu a retomar as negociações no âmbito da Subcomissão de Inspeção e
Quarentena, paralisadas há dois anos. O órgão aprova condições sanitárias para
o comércio de produtos agropecuários.
Maggi informou que a China tem interesse em importar arroz, lácteos, farinhas
para ração animal e ovos férteis. E quer exportar pescados para o mercado
brasileiro. Os dois governos devem negociar ainda condições para o comércio de
frutas.
"Estamos avançando na diversificação de nossa pauta de exportações", disse, de
acordo com nota do Ministério da Agricultura.
E, pelo Twitter, o ministro disse ainda que o Brasil pediu ao governo chinês a
habilitação de 84 frigoríficos para exportação. E que recebeu a confirmação de
que a China enviará uma missão técnica para vistoriar as plantas industriais,
na intenção de liberá-las.
No setor de carnes, o governo brasileiro quer colocar nas negociações com os
chineses o peso do status de país livre de febre aftosa sem vacinação, que será
entregue pela Organização Internacional de Saúde Animal (OIE). Na subcomissão
de quarentena, pretende discutir o comércio de miúdos suínos e bovinos, carnes
com osso e termicamente processadas.
A China responde atualmente por 39% das exportações do agronegócio brasileiro,
de acordo com dados do Ministério. Em 2017, foram US$ 26 bilhões, com liderança
da soja em grão (US$ 20,3 bilhões), e celulose (US$ 2,6 bilhões). As
importações de produtos chineses atingiram US$ 1,1 bilhão, principalmente de
algodão e produtos têxteis de algodão (US$ 288,2 milhões).