Vacinação contra gripe começa na próxima segunda-feira em todo o país
Publicada em 20/04/18 às 12:23h - 311 visualizações
por Fonte: DIARIO CATARINENSE
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(Foto: Divulgação Internet)
O Ministério da Saúde lança na próxima segunda-feira (23) a Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe. Até o dia 1º de junho, crianças entre seis meses e cinco anos, maiores de 60, trabalhadores de saúde, professores, pessoas privadas de liberdade, com necessidades especiais, gestantes, mulheres que tiveram filhos nos últimos 45 anos e indígenas poderão ir a um dos postos de saúde para receber o imunizante.
Neste ano, a vacina protege contra o H1N1, influenza B e o H3N2, tipo de vírus que provocou um aumento significativo de casos e de mortes relacionadas à doença no Hemisfério Norte. Em Goiás, em virtude do aumento de casos de gripe, a campanha foi antecipada. Santa Catarina segue o calendário oficial do país.
— Apesar de o aumento de casos ter sido muito significativo no Hemisfério Norte, não temos até agora nenhuma indicação que o mesmo fenômeno vá se repetir no Brasil — afirmou a coordenadora do Programa Nacional de Imunização, Carla Domingues.
SC recebe 700 mil doses da vacina contra a gripe
Neste ano, foram confirmados no país 392 casos de influenza, com 62 óbitos. Santa Catarina confirmou ainda em abril a primeira morte no Estado por Gripe A. No mesmo período do ano passado, foram 394 ocorrências, com 66 mortes. Além de o número de casos ser semelhante ao do ano passado, Carla observou que, para população do Hemisfério Sul, a vacina contra gripe já leva em sua composição o imunizante feito de variações de cepas identificadas na região. Por isso, completou, a necessidade de as pessoas aderirem à campanha.
Sem prorrogação da campanha
O ministro da Saúde, Gilberto Occhi, afirmou que a maior preocupação da campanha neste ano é garantir cobertura vacinal semelhante em todos os grupos considerados prioritários. Occhi observou que, embora a cobertura no ano passado tenha sido de 88%, em algumas populações ela esteve abaixo do que seria considerado ideal. Foi o caso, por exemplo, das crianças entre seis meses e cinco anos. No ano passado, 77% das crianças nessa faixa etária foram imunizadas.
— Fazemos um apelo para que pais levem seus filhos aos postos de vacinação. Crianças abaixo de 5 anos estão mais suscetíveis a complicações provocadas pela gripe, podem desenvolver casos graves da doença — alertou Carla.
O ministério afirmou que não será feita a prorrogação da campanha. Depois do prazo, qualquer pessoa interessada poderá ser vacinada contra a gripe, com as doses remanescentes. Carla disse não haver a princípio nenhuma estratégia para fazer uma campanha coordenada de vacinação contra gripe e febre amarela. Ela observou, no entanto, que no caso de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia, que fazem uma campanha de imunização contra a febre amarela, tal política poderá ser adotada.
— Mas isso irá ocorrer de acordo com a orientação dos governos locais e, sobretudo, de acordo com a capacidade dos profissionais de saúde.
Ela esclareceu, porém, não haver nenhuma contraindicação de se aplicar simultaneamente a vacina contra a febre amarela e a contra a gripe.
A expectativa do governo é imunizar 54 milhões de pessoas. O quantitativo adquirido é superior a essa marca. Foram encomendados ao Instituto Butantã 60 milhões de doses.
O Brasil é o país em que a oferta da vacina contra gripe é mais abrangente, disse Carla.
— Em nenhum outro local do mundo tantos grupos têm acesso à vacina gratuita. Não há intenção do governo em ampliar esse grupo.
A coordenadora explica que a população adulta e não atendida pela campanha de vacinação é indiretamente protegida. Isso porque quanto mais pessoas estão vacinadas, menor o risco de circulação do vírus.
Há dois critérios que determinam a escolha de grupos atendidos pela campanha de vacinação contra gripe. Em primeiro lugar, os mais vulneráveis. Pessoas que, se contaminadas, têm maior risco de contaminação, como idosos, crianças e gestantes. Em segundo lugar, estão integrantes de grupos mais expostos ao vírus, como profissionais de saúde, pessoas privadas de liberdade e professores.
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