Os alvos de mandados de prisão temporária dessa fase da operação trabalham ou já trabalharam na BRF. Confira a lista:
Essa terceira fase, "Operação Trapaça", cumpre 91 ordens judiciais, em São Paulo, no Paraná, em Santa Catarina, no Rio Grande do Sul e em Goiás. Além dos 11 mandados de prisão, há 27 mandados de condução coercitiva e 53 de busca e apreensão.
MANDADOS EM SANTA CATARINA
Chapecó
Treze Tílias
PF EM CHAPECÓ
A Polícia Federal busca documentos na sede da empresa BRF em Chapecó, cumprindo mandados de busca e apreensão. Pelo menos uma mulher detida chegou, por volta das 9h, na sede da PF, acompanhada de policias federais. Segundo informações extraoficiais, os alvos da operação em Treze Tílias foram encaminhados para Chapecó. Todos serão levados para Curitiba.
INFORMAÇÕES DA POLÍCIA FEDERAL
A Polícia Federal deflagrou nesta segunda-feira (5/3) a 3ª fase da Operação Carne Fraca, denominada Operação Trapaça, com o objetivo de investigar fraudes praticadas por empresas e laboratórios que tinham como finalidade burlar o Serviço de Inspeção Federal e não permitir a fiscalização eficaz do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Cerca de 270 policiais federais e 21 auditores fiscais federais agropecuários cumprem 91 ordens judiciais nos estados do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Goiás e São Paulo, sendo 11 mandados de prisão temporária, 27 mandados de condução coercitiva e 53 mandados de busca e apreensão. Os mandados judiciais cumpridos nesta manhã foram expedidos pelo Juízo Titular da 1ª Vara Federal de Ponta Grossa/PR.
As investigações demonstraram que cinco laboratórios credenciados junto ao MAPA - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - e setores de análises de determinado grupo empresarial fraudavam resultados de exames em amostras de seu processo industrial, informando ao Serviço de Inspeção Federal (SIF/MAPA) dados fictícios em laudos e planilhas técnicos.
Os investigadores identificaram, ainda, que a prática das fraudes contava com a anuência de executivos do grupo empresarial, bem como de seu corpo técnico, além de profissionais responsáveis pelo controle de qualidade dos produtos da própria empresa. Também foram constatadas manobras extrajudiciais, operadas pelos executivos do grupo, com o fim de acobertar a prática desses ilícitos ao longo das investigações.
O nome dado à fase é uma alusão ao sistema de fraudes operadas por um grupo empresarial do ramo alimentício e por laboratórios de análises de alimentos a ele vinculados.
Os investigados poderão responder, dentre outros, pelos crimes de falsidade documental, estelionato qualificado e formação de quadrilha ou bando, além de crimes contra a saúde pública.
Quanto aos investigados com prisão cautelar decretada, tão logo sejam localizados, eles serão trazidos à sede da Polícia Federal em Curitiba, onde permanecerão à disposição das autoridades responsáveis pela investigação.