A Polícia Civil concluiu o Inquérito sobre a morte de Marciele dos Santos Friedrich, de 16 anos, brutalmente agredida no dia 14 de novembro de 2017, em Linha Aparecida, no interior de Itapiranga.
De acordo com o delegado, Wesley Andrade, durante as investigações 12 testemunhas foram ouvidas e diversas diligências foram feitas a fim de elucidar o caso.
A vítima, ainda em vida, passou por exames períciais que apontaram lesões graves em diversas partes do corpo. Um Laudo também confirmou que houve aborto em razão do trauma sofrido. Após o falecimento, Marciele voltou a ser examinada e todas as informações do primeiro Laudo foram confirmadas.
Conforme Andrade, o autor foi indiciado pela prática de crime de homicídio qualificado pelo "feminicídio" e "meio cruel", pena que poderá chegar a 30 anos de reclusão. Neste caso, a pena poderá ser aumentada em razão da gravidez da vítima. Ele destaca que o agressor tinha conhecimento da gravidez e também foi indiciado pelo crime de aborto sem consentimento da gestante, que prevê pena de 3 a 10 anos.
Além disso, o homem também foi indiciado por posse irregular de arma de fogo, já, que, uma espingarda havia sido encontrada por policiais militares momentos após o crime.
Andrade também informa que nesta quarta-feira (7) policiais civis retornaram ao local das agressões e apreenderam um pedaço de madeira que teria sido utilizado para golpear a vítima. O objeto permanecerá apreendido à disposição da Justiça.
O acusado está preso na Unidade Prisional Avançada (UPA) de São Miguel do Oeste desde o dia 22 de novembro, quando foi interrogado e fez uso de seu direito de não se manifestar. O autor ainda poderá se manifestar no decorrer do processo judicial, quando poderá fornecer maiores informações acerca da motivação do ocorrido.
O delegado frisa que a Polícia Civil fez os devidos indiciamentos e pediu a conversão da prisão temporária do autor em prisão preventiva. Agora, o Inquérito Policial será encaminhado para análise do Ministério Público e do Poder Judiciário.