A policial militar Fernando Lopes foi preso nesta sexta-feira (8) suspeito de ter matado a policial civil recém-formada Karla Silva de Sá Lopes, de 28 anos. De acordo com o delegado Vicente Soares, o marido confessou o crime. Já o advogado do suspeito disse que ele nega.
A mulher, que estava desaparecidade desde quarta (6), foi achada morta na quinta (7). A polícia não passou mais informações sobre as circunstâncias da morte ou onde o corpo foi achado.
"Todos os fatos apurados já indicavam o crime de feminicídio praticado pelo marido, o que se confirmou com a confissão do mesmo perante o capitão da Polícia Militar, tendo ainda indicado por meio do desenho de um mapa o local em que teria enterrado a vítima", disse o delegado.
A defesa argumenta que não houve confissão. "Ele reservou-se ao direito de permanecer em silêncio, por orientação minha, e não houve confissão nenhuma", informou o advogado de Lopes, Luiz Eduardo Righetto.
Na noite de quinta, o advogado disse ao G1 que o policial prestou depoimento à Polícia Civil e que entregou para a perícia a arma que usa profissionalmente.
Prisão
"Como não houve flagrante, foi representada pela prisão preventiva ainda na noite de quinta, a qual foi deferida. O mandado foi cumprido na manhã desta sexta e o preso, por ser PM da reserva, está preso no 12º Batalhão, em Balneário Camboriú", informou o delegado.
Segundo o advogado, Lopes recebeu ameaças em mensagens no telefone e, por isso, diz ter pedido que o suspeito permanecesse no batalhão da PM por segurança. A defesa ainda diz que vai tentar revogar a prisão preventiva.
Desaparecimento
Na quarta-feira, o marido disse que a policial civil saiu de casa, em Itapema, na manhã de quarta (6) para caminhar e não foi mais vista. Lopes foi quem notificou o desaparecimento à Polícia Civil.
Ela é da última turma formada pela academia da Polícia Civil e deveria se apresentar até dia 12 deste mês para atuar em Otacílio Costa, na Serra.
O caso está sendo investigado pela Divisão de Investigação Criminal de Balneário Camboriú