O idoso de 64 anos suspeito de matar Izadora Carvalho Granoski, de 24, em Chapecó, no Oeste catarinense, se entregou na tarde desta segunda-feira (30), informou a Polícia Civil. Ele disse que o tiro foi acidental. A morte ocorreu na noite de sábado (28).
No dia do homicídio, a vítima foi atingida no pescoço, segundo a Polícia Civil. A jovem estava com um amigo, de 28 anos, dentro de um carro, estacionado em frente à casa do suspeito. O idoso, então, abordou os dois e, com a arma em punho, exigiu que eles saíssem do local.
Suspeito e amigo trocaram ofensas e, em seguida, houve o tiro, de um revólver registrado no nome do idoso. Ele disse à polícia que o disparo ocorreu acidentalmente após a arma ter se chocado contra o vidro do carro.
O revólver foi apreendido e será encaminhado para perícia. De acordo com a Polícia Civil, a investigação deve terminar na próxima semana, com os resultados dos laudos cadavérico e do local do crime.
A princípio, o caso é tratado como homicídio doloso na forma de dolo eventual, quando o autor assume o risco de causar resultado criminoso com sua conduta.
Amigo pediu desculpas
O cunhado de Izadora Carvalho Granoski disse que o amigo dela, que dirigia o veículo, pediu desculpas à família. "Ele contou a história como aconteceu, pedia desculpa a cada duas palavras. Sei que muitas vezes as pessoas ficam 'e a pessoa que estava com ela não fez nada para ajudar?' Mas não tinha o que ser feito, ele fez o que qualquer pessoa faria", afirma Carlos Eduardo Tatsch, que conversou por telefone com o rapaz.
O amigo tentou levar Izadora para atendimento médico e acionou os bombeiros. No caminho, ela foi socorrida, mas morreu ao dar entrada no Hospital Regional do Oeste, conforme a PM.
Segundo Anna Carvalho Granoski, irmã de Izadora, a família tenta entender o que ocorreu. "Quando a gente soube não quis acreditar. A gente só acreditou quando a viu porque nunca que a gente ia acreditar que uma simples saída para uma janta que ela tinha ido, um amigo foi levá-la em casa, parou e o vizinho atirou por eles estarem parados? Isso não tem explicação", afirma Anna.
"Ela era graduada, tinha se formado, estava muito feliz. Nossa mãe faleceu faz um ano e dez meses, então agora que ela estava se recuperando. A gente estava bem, estava começando a se recuperar. Ela era muito alegre, muito educada, sempre rindo", diz a irmã da vítima.