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Aneel avalia mudança de cálculo que pode deixar energia mais cara

Publicada em 25/10/17 às 09:40h - 345 visualizações

por Fonte: Folha de São Paulo


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 (Foto: Divulgação internet)
A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) avalia mudar a metologia de cálculo da bandeira tarifária, sistema que implica em custos extras na conta de luz do consumidor quando termelétricas, mais caras, precisam ser acionadas para garantir a geração de energia.

"Colocamos [a bandeira tarifária] em revisão com urgência urgentíssima", afirmou Tiago Correia, diretor da agência e relator do processo sobre o tema, em evento na OAB-RJ (Ordem dos Advogados do Brasil no Rio de Janeiro) na sexta-feira (20). A informação foi publicada no jornal "Valor Econômico".

Segundo Correia, a conta da bandeira está deficitária em 2017, o que "gera um problema para o pagamento das próximas faturas."

As bandeiras sinalizam para os consumidores o custo de operação do sistema. Se a condição é favorável, ela é verde, mas se a oferta de energia cai são acionadas as bandeiras amarela e vermelha, em primeiro ou segundo patamar, que geram cobranças adicionais.

Regulamentadas em 2012, elas passaram a ser cobradas em 2015. A faixa vermelha foi desdobrada em dois patamares em fevereiro de 2016, mas o nível vermelho 2 foi acionado pela primeira vez em outubro deste ano, devido à baixa vazão das hidrelétricas com o tempo seco.

Correia afirmou que a fórmula de cálculo da bandeira se tornou "muito volátil" à hidrologia. Hoje, a tarifa é calculada com base no CMO (Custo Marginal de Operação), divulgado pelo ONS (Operador Nacional do Sistema) e base para o cálculo do PLD (Preço de Liquidação das Diferenças), usado como referência pelo mercado de curto prazo.

"Tivemos dois episódios neste ano, acredito que um em maio e outro em setembro, em que uma chuva prevista para a primeira semana do mês jogou a bandeira primeiro para verde, depois de amarelo para vermelho, mas na revisão semanal já verificamos que não deveria ter jogado para baixo. Perdemos dois meses de arrecadação de bandeira nesse ano e o impacto disso foi brutal", disse Correia.

Segundo ele, a mudança na fórmula deve "olhar armazenamento e geração hidráulica, porque esse é o custo que domina a bandeira."

No domingo (22), as hidrelétricas do subsistema Sudeste/Centro-Oeste tinham 19% da capacidade dos reservatórios. Furnas, que representa 17,18% do subsistema, tinha 13,33% do volume útil. No Nordeste, as usinas apresentavam 7,10% da capacidade, com Sobradinho, que concentra 58,26% do subsistema, com apenas 3,49% de seu volume útil.




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