Dois homens foram presos preventivamente pela Polícia Federal na manhã desta segunda-feira (23) em Joinville e em Balneário Camboriú, na segunda fase da Operação Oceano Branco, deflagrada há quase duas semanas contra o tráfico internacional de cocaína por portos de Santa Catarina.
A polícia também cumpriu quatro mandados de busca e apreensão em Joinville, três em Balenário Camboriú e um em Itajaí. A polícia não informou as idades dos suspeitos nem o que foi apreendido.
Segundo a Delegacia da Polícia Federal de Itajaí, pelo menos duas pessoas investigadas por suspeita de ligação com o grupo fornecedor de cocaína tentaram recuperar celulares e mídias no dia da primeira fase da operação, em 10 de outubro, e nos dias seguintes.
O material seria de um dos irmãos deles preso "que havia jogado pela janela quando percebeu que policiais estavam na iminência de entrar em seu apartamento em Balneário Camboriu", no dia 10 de outubro. Ele foi preso.
Ainda conforme a polícia, existe a suspeita de que essas duas pessoas, com auxílio de mais uma, estejam tentando atrapalhar as investigações ocultanto provas, "tentando alienar bens da organização criminosa para evitar novos sequestros".
Oceano Branco
No dia que a primeira fase foi deflagrada, 31 pessoas foram presas. A PF afirma que todos continuam presos nesta segunda-feira (23).
Conforme a PF, em julho de 2015, a Dinamarca entrou em contato com Brasil depois de uma apreensão de 320 quilos de cocaína em um contêiner que saiu de Navegantes. Desde março de 2016, a Operação Oceano Branco apreendeu seis toneladas de cocaína em 12 ações, seis no Brasil e seis na Bélgica, França e Espanha.
A Polícia Federal acredita que o esquema aconteça há pelo menos cinco anos. O patrimônio dos dois principais investigados chega a R$ 150 milhões.
Conforme a investigação, três grupos criminosos embarcavam grande quantidades da droga em contêineres que partiam do Complexo Portuário Itajaí-Navegantes, escondida em cargas de mercadorias como bobinas de aço, abacaxi em latas e blocos de granito. De acordo com a PF, em alguns casos, os fornecedores das cargas sabiam do esquema e em outros, não.