Brasil e Estados Unidos se unirão novamente para a segunda fase dos testes com vacinas contra o vírus da zika. Dessa vez, os estudos serão em humanos. A parceria foi selada durante visita de Ricado Barros, ministro da Saúde, em Washington, na terça-feira (26).
A vacina será produzida por Biomanguinhos, laboratório público brasileiro ligado à Fiocruz e ao Ministério da Saúde. Os Estados Unidos devem ajudar no fornecimento de material para essa produção. Toda o estudo, no entanto, deve antes passar por comitê de ética.
Em estudos em modelos animais publicados em revistas científicas de renome, o imunizante conseguiu impedir que o vírus provocasse diversas anomalias nas cobaias; entre elas, a microcefalia. Nessa próxima etapa, que deve começar em meados de 2019, os testes serão feitos em humanos.
Os resultados em camundongos foram publicados em julho na revista científica "Cell". Já os dados em primatas estão na edição de setembro da revista "Nature Communication". O Ministério da Saúde deve destinar um total de R$ 7 milhões até 2021 para o desenvolvimento e produção da vacina.