Apicultores do Oeste de Santa Catarina vêm sofrendo prejuízos com o furto de mel em alguns municípios da região. São pelo menos seis cidades no estado onde já foram registradas ocorrências do gênero, incluindo também municípios da Serra catarinense.
Os casos são de Zortéa, Piratuba, Ipira, Peritiba, Fraiburgo e Campos Novos, segundo informou o site G1/SC, com base em uma reportagem do Bom Dia Santa Catarina nesta sexta-feira, dia 22. De acordo com a publicação, o número cada vez menor de abelhas e a valorização do mel têm chamado a atenção dos criminosos.
O apicultor Roberto Yurkevicz teve 145 colmeias furtadas, acumulando um prejuízo de mais de R$ 20 mil. "É um prejuízo grande, porque era um enxame forte. Agora a gente faz a divisão dos enxames, renova a rainha, preparando a abelha para mandar para o pomar. Então a gente acaba deixando de atender os agricultores que têm a necessidade de colocar abelha na ameixa, na maçã", relata Roberto, que pensa em colocar chips nas colmeias para poder rastrear em caso de novos furtos.
Na propriedade de André Machado os criminosos deixaram as colmeias, mas levaram todo o mel. Como a área tem uma produção de alta qualidade, ele decidiu colocar correntes e cadeados nas caixas para tentar evitar novos furtos. "As pessoas roubam porque têm pra quem vender. Se elas não tiverem mais pra quem vender, acredito que diminua um pouco o furto", afirma.
Os casos já estão sob a responsabilidade das autoridades policiais. O que dificulta o trabalho de investigação é que os furtos acontecem durante a noite. Além disso, as plantações ficam em áreas isoladas, normalmente longe das casas, sem testemunhas. Os apicultores também acreditam que os ladrões entendem muito do assunto, já que mexer com as abelhas exige preparo e cuidado por causa do alto risco de ataque.