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​Em operação PC revela que laudo de morte de campoerense foi adulterado

Publicada em 19/09/17 às 07:44h - 773 visualizações

por Fonte: Plantão Policial/Luiz Carlos Maciel / campoere.com


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 (Foto: Foto: José Carlos Tumeleiro - TV Sudoeste)

A Polícia Civil do Paraná, deflagrou na manhã desta segunda-feira (18), a "Operação Hígia", que apura crimes de associação criminosa, fraude a licitações, peculato, concussão, corrupção ativa e passiva, falsidade documental e lavagem de dinheiro, envolvendo servidores públicos e empresários dos municípios de Pato Branco, Clevelândia e Saudade do Iguaçu e ainda um vereador de Pato Branco.

Um fato desvendado pelas investigações foram que em 1º de julho de 2017, foi vítima fatal de um acidente de trânsito ocorrido por volta das 15h50, na PR 493, Km 17, Zona Rural do município de Bom Sucesso do Sul/PR, o motociclista Mario Badia. Na ocasião, o condutor do veículo envolvido no acidente, provavelmente por estar alcoolizado, acabou fugindo do local para se evadir a ação policial e ser preso em flagrante.

A investigação apontou que o condutor, em comunhão de esforços com o vereador preso nesta data e um policial licenciado do estado de Santa Catarina, supostamente ofereceram e teriam pago aos policiais rodoviários estaduais que atenderam a ocorrência a quantia de R$ 15.000,00 (quinze mil reais) para adulteração do boletim de ocorrência com falsificação do croqui do acidente, inserção de declarações falsas de uma testemunha e ainda realização do exame do teste de etilômetro somente cerca de 10 (dez) horas após o almoço, horário que o condutor havia ingerido bebida alcoólica. Tudo isso agora será confirmado com as diligências investigatórias que ainda pendem de realização.

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Foram cumpridos pela Polícia Civil do Paraná e Santa Catarina, com o apoio de peritos da Polícia Científica do Estado do Paraná, auditores fiscais do Ministério Público e fiscais do Conselho Regional de Farmácia do Estado do Paraná, 67 (sessenta e sete) mandados judiciais, sendo 9 (nove) de prisão temporária, 4 (quatro) de afastamento temporário das funções públicas e 54 (cinquenta e quatro) de busca e apreensão domiciliar e/ou empresarial.

Os respectivos mandados foram cumpridos nos municípios de Pato Branco, Clevelândia, Saudade do Iguaçu, Francisco Beltrão, Curitiba no Paraná e Joinville, em Santa Catarina.

Foram presos temporariamente 3 (três) secretários municipais, 1 (um) vereador, 1 (um) servidor público municipal, 1 (uma) servidora pública estadual e 3 (três) empresários de Pato Branco. Também foram afastados preventivamente de suas funções públicas 3 (três) servidores públicos municipais e 1 (um) secretário municipal do município de Pato Branco. Ainda foram conduzidos à delegacia de polícia 19 (dezenove) pessoas para serem ouvidas ou interrogadas a respeito dos fatos.

A investigação iniciou-se ainda no mês de maio e desde então tramita em segredo de justiça decretado pelo Poder Judiciário de Pato Branco.

Em meio às investigações, de modo fortuito, foram coletados elementos de prova que indicam a suposta prática de crimes de corrupção ativa e passiva, falsidade documental e falso testemunho, por parte do vereador preso nesta data (18/09).

O nome da operação reporta-se à mitologia grega, Hígia é a deusa da saúde, limpeza e sanidade, relacionando-se à Secretaria de Saúde de Pato Branco onde a investigação teve início.

As diligências tiveram a participação de aproximadamente 180 (cento e oitenta) policiais civis e 50 (cinquenta) viaturas do Estado do Paraná e ainda do Estado de Santa Catarina, além de 2 (dois) peritos da Polícia Científica do Estado do Paraná, 2 (dois) auditores fiscais do Ministério Público e 7 (sete) fiscais do Conselho Regional de Farmácia do Estado do Paraná.

Durante a operação, um servidor público do município de Pato Branco foi preso em flagrante por posse de arma de fogo e munições de uso restrito.

Como resultado da operação foram apreendidas: 19 (dezenove) armas de fogo, entre elas um fuzil calibre 7,62, de uso restrito; 758 (setecentas e cinquenta e oito) munições de calibres diversos; milhares de documentos; dezenas de computadores e mídias; R$ 160.299,00 (cento e sessenta mil, duzentos e noventa e nove reais) e U$ 2.231,00 (dois mil, duzentos e trinta e um dólares).




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