A Polícia Civil prendeu nesta quinta-feira (7) 18 pessoas suspeitas de envolvimento nos ataques cometidos em Santa Catarina desde 31 de agosto. O Poder Judiciário expediu 58 mandados de prisão, inclusive contra líderes da organização criminosa, e 42 mandados de busca e apreensão na Operação Independência.
Até as 11h30, foram cumpridos 42 mandados de prisão. Desse total, 29 suspeitos já estavam detidos no sistema prisional. Outras cinco pessoas foram presas em flagrante. Dos 42 mandados de busca e apreensão, 37 foram cumpridos.
A ação, coordenada pela Divisão de Repressão ao Crime Organizado (Draco/Deic) ocorre em Blumenau, Joinville, Florianópolis, Criciúma, Navegantes, São José, e Ilhota com mais de 300 policiais civil.
Entre a última quinta-feira (31) até quarta (6), ao menos 23 cidades foram alvo de ataques criminosos. Bases da PM, delegacias, órgãos estaduais e municipais e casas de policiais foram atingidos, em mais de 50 ocorrências.
O governo de Santa Catarina evita falar sobre motivações dos ataques, mas na segunda-feira (4), o secretário adjunto de Segurança Pública de Santa Catarina, Aldo Pinheiro D'Ávila, afirmou à NSC TV que os ataques "são fruto de 30 anos de diminuição dos poderes das polícias" e do aumento do tráfico de drogas.
"A Operação Independência faz alusão à data patriótica comemorada nesta quinta-feira e à autonomia constitucional da Polícia Civil, em suas atividades investigativas e de polícia judiciária", afirma a Polícia Civil, em nota.
Operação Mão Forte
Na última quinta-feira também foi deflagrada pela Polícia Militar a Operação Mão Forte. No último balanço divulgado, na segunda (4), 95 pessoas tinham sido presas ou apreendidas, em operações simultâneas que têm envolvido três mil policiais. "Não existe previsão de término da operação", informou o comando geral, em nota.