O Palácio do Planalto vai divulgar nas redes sociais nesta quinta-feira um vídeo de pouco mais de um minuto e vinte em razão da celebração do 7 de Setembro. O presidente Michel Temer não aparece na gravação, que destaca logo no seu início que "o crescimento está voltando". A narrativa está sendo exaltada por auxiliares do presidente para tentar afastar a crise jurídica dos trabalhos do governo.
O vídeo, que tem como base frases do Hino Nacional, traz imagens de trabalhadores e de trilhos sugerindo o crescimento do País. A mensagem final diz que "celebrar a independência é comemorar a volta da esperança e resgatar a nossa Ordem e Progresso", em referência ao slogan do governo e a frase que consta da bandeira nacional.
Sem falas
Nos encontros que teve nesta quarta-feira, 6, com auxiliares, no mesmo dia em que retornou da China, Temer avisou que preferia aguardar o desenrolar dos fatos na esfera jurídica e não iria se pronunciar de nenhuma forma a respeito da reviravolta anunciada esta semana pelo Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, que pode levar à anulação da delação de Joesley Batista.
Segundo um interlocutor do presidente, a avaliação feita é que "não é hora de falar, é hora de observar, é hora apenas da Justiça". Temer pregou aos seus auxiliares "serenidade, maturidade e responsabilidade" e, por isso mesmo, argumentou que não iria se manifestar, diferente do que fez quando as denúncias contra ele vieram à tona.
Reuniões
"Cabeças pretas"
A ala de insatisfeitos da bancada do PMDB da Câmara, os "cabeças pretas", está se organizando para fazer uma quizumba durante a reunião da Executiva do partido, no próximo dia 24. A ideia é tensionar a reunião, partindo para cima de Romero Jucá e do governo de Michel Temer.
Peemedebistas de cinco estados, que se consideram abandonados ou retaliados ora Palácio do Planalto ora pelo comando da sigla, estão especialmente entusiasmados com a possibilidade do confronto.
São correligionários de Temer em Goiás, Pernambuco, Minas Gerais, Paraná e Sergipe. Fala-se numa caravana para bater bumbo durante o evento. Os deputados vão aproveitar para centrar fogo na decisão de Jucá de cortar o repasse de 35% do Fundo Partidário para os Diretórios Estaduais.
E até lá, essa mesma turma fará o diabo para criar problemas a Temer no Congresso. Vão convocar ministros para prestar esclarecimentos em comissões, votar contra o Planalto e proferir discursos anti-medidas do Executivo.