Uma criança de quatro anos precisou passar por procedimento de endoscopia para retirar do estômago uma bateria de hand spinner. O caso aconteceu no início de agosto no Hospital da Criança Conceição, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, e foi atendido pela médica gastroenterologista Ana Regina Ramos, que também é diretora da Sociedade de Pediatria gaúcha. O fato fez a entidade emitir um alerta aos pais para redobrarem a atenção para este brinquedo.
A médica relatou que a criança ganhou o brinquedo dos pais à tarde e à noite já foi levada ao hospital pois havia engolido uma das baterias, que faz as luzes piscarem enquanto ele é girado. A médica explica que a endoscopia foi necessária pois há o risco de a pilha causar descarga elétrica e queimar os órgãos, ou ainda de vazar o ácido, causando uma lesão hemorrágica ou até a perfuração do esôfago.
No Brasil, a popularidade do hand spinner teve o ápice nos primeiros meses de 2017. O preço varia de R$ 25 para um spinner básico, de plástico, para até R$ 80 em um de metal. A brincadeira consiste em ficar girando o brinquedo. O anúncio do produto fala em propriedades anti-estresse, que acalma crianças, mas ainda não há estudos que comprovem isto.