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Governo de SC deve fazer repasse de R$ 400 milhões à Saúde este ano, diz Colombo

Publicada em 17/08/17 às 10:05h - 507 visualizações

por Fonte: G1 / SC


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 (Foto: Diario Catarinense)
O governador Raimundo Colombo (PSD) e o secretário de Estado da Saúde, Vicente Caropreso, fizeram nesta quarta-feira (16) uma visita técnica às instalações do novo centro cirúrgico do Hospital Infantil Joana de Gusmão, em Florianópolis. Durante essa vistoria, em entrevista à NSC TV, Colombo falou sobre as ações para arrecadar verba para a saúde e afirmou que o governo deve repassar R$ 400 milhões para a Secretaria até o final do ano.
Arrecadação
Raimundo Colombo explicou as ações feitas para arrecadar verba para a saúde. "Nós fizemos um programa de Refis [Programa de Recuperação Fiscal] para recuperação de dívida fiscal e vamos colocar esse dinheiro extra na saúde. Uma parte do dinheiro excedente do Porto de São Francisco [do Sul] irá para a saúde. Nós estamos fazendo um outro movimento no SC Saúde para também aportar um recurso emergencial", afirmou o governador.
Ele falou em valores. "Nós vamos conseguir colocar, com o dinheiro extra, até o final do ano, alguma coisa em torno de R$ 400 milhões. É suficiente para resolver todo o problema que a gente tem acumulado e tentar equacionar um equilíbrio para os próximos meses até dezembro", declarou.
Dívida da Saúde
A Secretaria de Estado da Saúde diz que deve hoje R$ 780 milhões. Além dos processos na justiça, que podem chegar a um valor de R$ 400 milhões neste ano, o secretário admitiu má gestão financeira. "Nós estamos promovendo pela primeira vez uma organização, um controle de gastos hospitalares. Nós não tínhamos noção de quanto faturávamos há pouco tempo atrás", disse Caropreso.
"Duas são as preocupações principais da saúde: a organização dos hospitais próprios, os 13 hospitais, que consomem R$ 1,1 bilhão, e também a questão da judicialização. Para você ter uma ideia, nós pagamos hoje de honorários R$ 218 mil por mês para 50 pessoas defenderem o estado", explicou o secretário.
Só para o Centro de Pesquisas Oncológicas (Cepon), localizado em Florianópolis, os repasses do governo estão atrasados em R$ 40 milhões. Faltam medicamentos nessa e em outras unidades do estado.
Os repasses também atrasaram há algumas semanas à organização social que administra o Hospital Infantil Dr. Jeser Amarante Faria, de Joinville, Norte do estado. Alguns médicos que não receberam o salário integral não compareceram ao trabalho. A empresa Orcali, que fornecia mão de obra terceirizada de limpeza e manutenção, rompeu o contrato com o estado porque não estava recebendo o pagamento.
Colombo disse que acompanha a situação da saúde. "A gente avalia toda semana em uma reunião especial duas áreas que estão mais críticas, e uma terceira que eu acompanho todo dia, que é a segurança pública. E a gente faz uma ação em cima disso. Todas essas medidas que estão na Assembleia [Legislativa] ou que estão sendo provocadas resultam dessas avaliações. E foi nesse momento que nós resolvemos aportar um valor extra de uma forma especial para poder fazer frente a essas demandas".
Em relação ao Hospital Infantil Joana de Gusmão, o novo centro cirúrgico deve começar a funcionar em outubro.



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