A Polícia Federal faz nesta terça-feira a operação Hammer-on para o combate a uma organização criminosa internacional especializada em lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Os 300 policiais estão em cinco Estados: Paraná (foco da ação), Santa Catarina, Espírito Santo, Minas Gerais e São Paulo. As empresas controladas pelo grupo, segundo a PF, movimentaram mais de R$ 5,7 bilhões entre 2010 e 2016.
Estão sendo cumpridos dois mandados de prisão preventiva, 17 de prisão temporária, 53 de condução coercitiva e 82 de busca e apreensão. Em SC, o trabalho ocorre em Itapema, Balneário Camboriú e São Miguel do Oeste. Os investigados vão responder por organização criminosas lavagem de dinheiro, evasão de divisas, gestão temerária, operação irregular de instituição financeira e uso de documento falso.
As diligências começaram em 2015 a partir da investigação de um grupo composto por cinco núcleos que usavam contas bancárias de várias empresas, na sua maioria fantasmas, para receber valores de pessoas jurídicas e físicas interessadas em adquirir mercadorias, drogas e cigarros vindos especialmente do Paraguai. O dinheiro "sujo" caía na conta de empresas controladas pela organização criminosa e depois era enviado para o exterior.
Para isso, segundo a PF, os criminosos usavam o sistema internacional de compensação paralelo, sem registro no órgãos oficiais, ou por meio de ordens de pagamento internacionais emitidas por algumas instituições financeiras brasileiras.
Nome da operação
A polícia explica que hammer-on é uma técnica usada em instrumentos de corda para ligar duas notas musicais com uma mesma mão.
Cidades onde são cumpridos mandados
Paraná: Foz do Iguaçu, Curitiba, Almirante Tamandaré, Piraquara, São José do Pinhais, Assis Chateaubriand e Renascença
Santa Catarina: Itapema, Balneário Camboriú e São Miguel do Oeste
Espírito Santo: Vitória, Serra e Vila Velha
São Paulo: Guarulhos e Franca