Com investimento de R$ 14,1 milhões, rodovias estaduais e federais que cortam as regiões Oeste e Extremo Oeste de Santa Catarina ganhariam mais segurança. Isso é o que diz um estudo da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), com avaliação dos principais pontos críticos das BRs 282, 158 e 163, além das SCs 163, 480, 283 e 157.
O levantamento constatou que a realização de 21 interferências — entre implantação de terceiras faixas, faixas de pedestres, recomposição de asfalto e melhoria de sinalização — tornariam os trechos mais seguros para os usuários. O estudo integra o Projeto de Humanização das Rodovias da região e foi apresentado durante reunião da Câmara de Assuntos de Transporte e Logística da instituição, realizada em Chapecó nesta terça-feira semana. A iniciativa faz parte do Grupo de Trabalho Rodovias Oeste SC do Futuro.
O levantamento mostra que para realizar melhorias nos trechos estaduais, os custos estão previstos em R$ 7,39 milhões. Já para as estradas federais calcula-se a necessidade de R$ 6,73 milhões. Uma tabela de preços do Deinfra, com preços básicos do mês de abril de 2017, foi utilizada para estimar o custo das obras sugeridas.
O trabalho contempla as rodovias BR-282 km 479 (Vargeão), BR-282 km 536 (Sede PRF/Chapecó), BR-282 km 536 (Sede PRF/Chapecó), BR-158 km 107 (Cunha Porã), BR-282 km 605 (Maravilha), SC-163 km 62 (Descanso), SC-163 km 106 (Iporã do Oeste), BR-163 km 74 (Guaraciaba), SC-480 km 86, 87, 89, SC-283 km 147, SC-283 km 51 (Seara/Arabutã), SC-283 km 75 (Arvoredo), BR-282 km 520 (Xaxim), BR-282 km 603, SC-283 km 15 (Arabutã), SC-480 km 152 (Marechal Bormann), ligação da BR-282 com a BR-158 (Cunha Porã), SC-157 km 6 (linha São Paulinho) e SC-157 km 24.
O presidente da Fiesc, Glauco José Côrte, ressaltou que os R$ 14,1 milhões de investimento representam 1% do que a região gera anualmente em ICMS. "O Oeste merece. Precisamos fazer uma grande mobilização em torno dessa proposta. Se concretizada, poderá representar uma reversão no número de acidentes", disse.
O estudo técnico foi baseado nos principais pontos críticos que apresentaram elevado índice de periculosidade, segundo dados coletados nos relatórios de acidentes das Polícias Rodoviária Federal (PRF) e Militar Rodoviária (PMr/SC). Após a catalogação dos principais pontos críticos, foram executados os levantamentos de campo.
A região Oeste de Santa Catarina tem 1,4 milhão de habitantes, um PIB de R$ 42,6 bilhões (18% de SC) e um PIB industrial que totaliza R$ 11,8 bilhões. A região possui 46,4 mil estabelecimentos, dos quais, 9,6 mil são industriais. Também reúne 395,8 mil trabalhadores, dos quais 153,1 mil na indústria.