A Polícia Civil de Maravilha elucidou o caso em que uma mulher, 24 anos, denunciou que tinha sido vítima de tentativa de estupro, na noite de 2 de maio, em Maravilha. Na época, a comunicação do crime causou preocupação na população, pois teria ocorrido em área central do município.
Na oportunidade, a suposta vítima relatou que, naquela data, um homem, o qual se identificou como policial de Chapecó, teria solicitado que ela fosse até um posto da cidade para se encontrarem. A mulher foi ao encontro e, após entrar no veículo do homem, circularam por diversos lugares em Maravilha, quando teria sido coagida a manter relações sexuais, momento em que sacou um revólver calibre 38 e apontou para o agressor. Ainda, relatou que o homem teria arrancado a arma de suas mãos, alegando que teria conseguido fugir do veículo.
Diante dos fatos narrados pela suposta vítima, o Setor de Investigação Criminal da Polícia Civil analisou câmeras de monitoramento, identificando a placa do veículo e, após diversas diligências, localizou o homem no município de Chapecó.
Durante interrogatório, o suspeito apresentou o revólver e afirmou que, na realidade, teria marcado um encontro sexual com a mulher. No momento que estavam dentro do veículo, a mulher teria tirado o revólver da bolsa e passado a ameaçá-lo. Em um momento de distração conseguiu tirar o revólver da mulher.
A versão apresentada pelo homem foi corroborada por diversas mensagens trocadas pelo aplicativo WhattsApp marcando o encontro, inclusive com fotos enviadas pela suposta vítima. A mulher negou ter enviado as mensagens e as fotos, contudo, após busca e apreensão em sua residência, foi encontrado o "chip" de celular utilizado na conversação telefônica, bem as fotos enviadas ao homem estavam no seu computador.
Durante a investigação, ficou comprovado que a mulher trocou mensagens, enviou fotos e marcou o encontro de cunho sexual. Após estarem juntos a mulher utilizando-se de uma arma de fogo, passou a ameaçar homem. Como o homem conseguiu apoderar-se do revólver, a mulher registrou o boletim de ocorrência, alegando que teria sofrido tentativa de estupro.
A mulher foi indiciada pelos crimes de denunciação caluniosa e porte irregular de arma de fogo, cujas penas podem chegar até 12 anos de reclusão. O homem foi indiciado pelo crime de porte irregular de arma de fogo. O inquérito policial foi concluído e encaminhado ao Poder Judiciário.