O depoimento do empresário Joesley Batista, nessa quarta-feira, durou oito horas. O dono da JBS deixou a Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, no fim da tarde, sem falar com a imprensa.
O interrogatório faz parte da investigação do esquema revelado pela operação Bullish, deflagrada em maio. A Polícia Federal investiga possíveis irregularidades no repasse de recursos do BNDES para a JBS. O prejuízo aos cofres públicos pode chegar R$ 850 milhões.
Para garantir a devolução desse valor, a Advocacia-Geral da União pediu ao Tribunal de Contas da União o bloqueio dos bens da JBS e dos sócios da empresa.
E um incidente chamou a atenção da Polícia Federal. Os agentes estranharam o comportamento de três homens que chegaram em carros de luxo. Um deles se identificou como motorista e dois como seguranças particulares de Joesley.
Esses seguranças são policiais civis em São Paulo e usavam as armas da corporação para prestar o serviço particular. Os três foram liberados em seguida e podem sofrer sanções administrativas, por prestar o serviço de forma irregular.
A Secretaria de Segurança do estado de São Paulo não soube informar quem eram os policiais civis e o que eles faziam com as armas da corporação fora de serviço.