Coronel Freitas - A Polícia Civil, por meio da Delegacia da Comarca de Coronel Freitas, no Oeste do Estado, concluiu nesta quarta-feira, 31, após de 30 dias de investigação, um procedimento policial instaurado para investigar um perfil da rede social, Facebook, que criou um grupo no aplicativo Whatsapp chamado "Anjos suicidas". Um jovem de 19 anos foi indiciado pela prática do crime de perigo para a vida ou saúde de outrem, que consiste em expor a vida ou a saúde de outrem a perigo direto e iminente, tendo prevista uma pena de detenção de três meses a um ano.

O caso:

Depois de um intenso monitoramento do grupo chamado Anjos Suicidas, dentre os vários membros, a Polícia Civil logrou êxito em identificar pelo menos sete integrantes, ora vítimas, todos menores de idade entre 12 e 17 anos, sendo quatro meninas e três meninos, seis deles residentes em Coronel Freitas e uma menina residente na cidade de Serra Alta, no Extremo-Oeste.

De acordo com o Delegado Gustavo Oliveira Altemar, chamou à atenção dos policiais civis a existência no grupo de uma pessoa residente em Portugal, porém não foi possível sua identificação completa. "O criador do grupo e ora investigado também restou identificado, sendo um jovem de 19 anos e também morador de Coronel Freitas. Todas as vítimas identificadas foram intimadas a comparecer na Delegacia, acompanhadas de responsável legal para prestarem esclarecimentos, ficando comprovado que o objetivo do grupo era realmente propor desafios para se auto lesionarem e até mesmo, ainda que indiretamente, incitar a prática do suicídio", explica.

Segundo o Delegado, foi possível constatar que uma das menores de idade ainda apresentava lesões no pulso, praticadas pela automutilação com instrumento cortante. "As demais vítimas declararam que não se lesionaram e apenas colocavam fotos de lesões nos pulsos retirada da internet, para intensificar o desafio de automutilação. O investigado declarou que era apenas uma brincadeira e que nunca se auto lesionou, que postava fotos retiradas da internet como se tivesse se cortado e que não pretendia induzir ninguém a se machucar", afirma.

O Delegado faz um alerta: "Que os pais acompanhem mais de perto a rotina de seus filhos, pois mesmo em casa, dentro seu quartos, através das redes sociais e aplicativos de smartphones, eles podem estar expostos a perigo", concluiu.