A Polícia Federal deflagrou uma operação na manhã desta quarta (17) contra suspeitos de trazer bebida alcoólica clandestinamente do exterior para comercialização no Litoral de Santa Catarina. Segundo a investigação, em dois anos, o esquema movimentou mais de R$ 2 milhões.
Pela investigação, um morador de São Miguel do Oeste, no Oeste catarinense, comandava a operação. Ele comprou um bar e a família dele adquiriu um restaurante na cidade, ambos de fachada.
A bebida era trazida do Paraguai, Argentina e Uruguai e passava pela empresa fantasma dele, para emitir notas fiscais frias.
"Quando começamos o levantamento, vimos que havia várias apreensões de bebidas envolvendo uma mesma pessoa. Com isso, verificamos que se tratava de um homem de cerca de 30 anos que poderia ser o líder de uma associação criminosa, com ao menos oito pessoas envolvidas", explica o o delegado da Polícia Federal em Dionísio Cerqueira, Sandro Luiz Bernardi.
A carga era transportada para lojas no litoral, principalmente três que operam no Camelódromo de Balneário Camboriú.
Mandados
Ao todo, foram emitidos 14 mandados de busca e apreensão, nove de condução coercitiva - quando os suspeitos são levados apenas para depoimento, um mandado de sequestro para cinco veículos e um mandado de sequestro em comércio. Eles são cumpridos em São Miguel do Oeste, Balneário Camboriú e Camboriú.
Segundo a Polícia Federal, as investigações da operação batizada como Pit Stop partiram de uma denúncia sobre o ingresso irregular de bebidas no país.